Se nas sociedades familiares de primeira geração essa pessoa é quase sempre o fundador, com a passagem à segunda geração já se começam a identificar não só os familiares seus descendentes, sejam eles consanguíneos ou por afinidade como, em diversas situações, elementos independentes da família. Esta tendência sai ainda mais reforçada nas gerações seguintes.
O estudo da Egon Zenhder que temos vindo a analisar, em resposta à pergunta se na sucessão do CEO os familiares possuem acesso preferencial sobre os executivos não familiares, obteve os seguintes resultados:
Mais de um terço estão plenamente de acordo que os familiares são privilegiados (na Ásia essa tendência é superior à Europa em cerca de 50%)
Menos de 2% considera exatamente o inverso, ou seja, que os familiares não possuem qualquer vantagem e cerca de 10% que a questão familiar é neutra.
Um dos principais focos que esta pergunta levanta, não está tanto no privilégio que se possa dar ou não aos familiares, mas sim se, sendo essa a tendência, a empresa ou a família estão a preparar pessoas para assumir essa função, dado que é obviamente de extrema importância para a sua continuidade.
A João Monteiro e Filhos, Lda. é uma empresa cinquentenária, sediada em Marco de Canaveses, que exerce a sua atividade na área da Indústria Metalomecânica, onde se pretende afirmar como uma referência neste setor bastante. Tendo sido formada por irmãos, com perfis e dedicação que se complementavam, a sua evolução levou a crescer a a atuar em todo o mercado nacional. Com a chegada à idade adulta, foi com naturalidade que os seus descendentes se foram integrando.
Já no decorrer deste século, num processo de acordo mútuo, um dos irmãos, João Monteiro, comprou a posição total da empresa e partilhou a propriedade com os seus três filhos, assumindo todos a função de gerente.
A visão do pai, que é o rosto visível da sociedade, e a complementaridade dos três filhos têm criado uma envolvente que está a permitir que a empresa inove, invista e cresça para novos mercados, nomeadamente a sua internacionalização.
Independentemente do modelo de governo futuro da empresa, a liderança será, com grande probabilidade, assumida de forma natural e com grande profissionalismo pela família, não sendo necessário o recurso a profissionais externos à mesma.
• Qual o perfil adequado ao líder ou CEO da nossa empresa?
• A Família possui candidatos ajustados à necessidade da empresa?
• A empresa possui candidatos não familiares a essa função de liderança?
Especialista em Empresas Familiares
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