Maior presença em fóruns e observatórios profissionais;

Reflexões sobre Empresas Familiares
Maior presença em fóruns e observatórios profissionais
Os mercados mais desenvolvidos e competitivos normalmente caraterizam-se por possuírem grande atividade de conhecimento dos seus principais players.
É pois muito natural que entidades como as associações empresariais, fundações e o meio académico promovam iniciativas que permitam recolher e analisar múltiplas atividades e comportamentos das empresas e empresários.
Estes estudos são muito interessantes e podem desempenhar um papel crucial no incremento da competitividade dos visados. Neste contexto, assume especial relevância a dinamização de eventos de divulgação dos resultados e discussão conjunta dos mesmos.
Na área das empresas familiares, tradicionalmente mais reservada, temos assistido nos últimos anos a uma grande abertura a estas iniciativas, de que se pode salientar o I Forum da Competividade das Empresas Familiares, realizado na Maia em 2011; do estudo e Congresso Europeu da Sucessão Empresarial da AEP, em 2012, e do Congresso Crescer e Vencer das Associação das Empresas Familiares, em fevereiro deste ano.
A grande evolução a reconhecer nestes eventos é o contínuo aumento e participação ativa das empresas e empresários familiares, o que permite um maior conhecimento real destes players e consequente passagem de boas práticas para todos os seus congéneres.

A TMG foi fundada em 1937 por Manuel Gonçalves, ligada à área da fiação. Nos dias de hoje a sua fileira têxtil ocupa a liderança nacional, sendo, contudo, somente uma parte dos negócios do grupo que, fruto de uma estratégia de diversificação, vai desde a SPE (produção de energia elétrica) à EFACEC; dos meios aéreos da HeliPortugal à produção de vinho e à participação no Millennium BCP desde a sua génese. Apesar desta enorme relevância, quer o grupo quer a família tem sempre assumido uma postura muito discreta, assistindo-se com as novas gerações a uma participação mais ativa em eventos profissionais, de que a participação no Congresso das Empresas Familiares de Fevereiro de 2013 é um exemplo. Neste evento, Isabel Gonçalves Furtado deu a conhecer não só o grupo, como também o lado mais familiar do mesmo. Ilustrou por exemplo o papel desempenhado pelo seu avô que, ao convidá-la a estagiar durante seis anos em todos os setores da empresa, lhe proporcionou uma excelente e marcante experiência profissional. Como homem inserido num meio rural, incutiu-lhe o princípio de que “o olhar do dono engorda o gado”.
Não será, pois, de estranhar que atualmente seja administradora executiva do grupo e empresas participadas, e assuma funções relevantes nos órgãos de entidades como a Associação das Empresas Familiares, Fundação AEP, COTEC, etc.

Temas para reflexão:

• Estamos recetivos aos estudos sobre empresas e empresários familiares?
• Quando foi a última vez que participamos num fórum profissional?
• O que podemos fazer para dinamizar a congregação de interesses das empresas e famílias empresárias?

António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.es


Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
Santiago – Porto   www.efconsulting.pt
 

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