Quando se fala de empresas familiares, existe um tema que é impossível ignorar: as grandes dificuldades que estas defrontam na passagem geracional.
Não é um assunto agradável mas como é certo vai ocorrer, mais cedo ao mais tarde, é inevitável encarar-se e, o mais importante de tudo, planear a sua ocorrência.
Um estudo da comunidade europeia, publicado em 2006, reforça esta relevância “um terço dos empresários da União Europeia abandonará a atividade nos próximos dez anos. … este abandono afetará anualmente 690.000 PME e 2,8 milhões de empregos anualmente.” Estes números são realmente astronómicos: 2000 empresas e mais de 7000 empregos diariamente em risco!!!
Recorde-se que os números internacionais relativos à falha nesta passagem são arrasadores: 70% na 2ª geração, 80 a 85% na 3ª geração e mais de 95% não chegam à 3ª geração nas mãos da mesma família fundadora.
O estudo da Edelman solicitou aos seus inquiridos para destacarem dois dos que consideravam ser os principais motivos responsáveis pelas enormes dificuldades em ultrapassar a passagem de testemunho.
As respostas estão bem expressas no gráfico junto e, dada a sua grande importância, iremos dedicar os próximos artigos a analisar cada um desses fatores.
Temas para reflexão:
• A questão da passagem geracional já passou pela cabeça do atual líder da empresa?
• E pelos restantes membros da mesma ou da família acionista?
• Vamos esperar que aconteça e logo se verá?
António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.es
Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
Santiago – Porto www.efconsulting.pt
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