As mulheres na liderança alteram alguns preconceitos associados à empresa ;

As mulheres na liderança alteram alguns preconceitos associados à empresa
O estudo da Ernst Young “Women in leadership”, de onde se extrai um conjunto de dados significativos sobre a mulher na empresa familiar, apresenta uma curiosa fórmula:
Modelos funcionais + pensamento a longo prazo + ambiente inclusivo = Mulheres na Liderança
 
Modelos funcionais: As sociedades familiares que possuem mulheres nos seus lugares de topo demonstram às restantes colaboradoras que é possível atingir-se posições de maior responsabilidade e liderança.
 
Pensamento de longo prazo: As empresas familiares aparecem quase sempre associadas a uma visão de mais longo prazo – uma empresa sustentável serve os interesses da empresa e da família –, recorrendo ao crescimento como um meio de atingir esse fim, o que cria uma envolvente que contribui para reduzir preconceitos que abrem caminho às mulheres para assumirem funções de topo.
 
Ambiente inclusivo: Os negócios familiares conseguem encontrar um equilíbrio entre os interesses da família e os da empresa, realçando a coesão, a inclusão e o compromisso com o bem-estar e a riqueza da família e da empresa, incluindo os empregados não familiares. Em síntese, as pessoas interessam e não somente o lucro.
Cada vez mais surgem, de onde menos se espera, novos e muito mais ágeis modelos de empresas, com menos infraestruturas, recorrendo à aglutinação de distintas origens de produtos e perseguindo um objetivo de satisfação de necessidades de segmentos de clientes de uma forma sustentável. 
Esta envolvente global é muita propícia e atrativa à intervenção da mulher no mundo dos negócios.

Raquel e Nuno Gonçalves são um casal que possuem cum conjunto de negócios que se movem debaixo de uma lógica de sustentabilidade.
A Raquel tinha o desejo de ser terapeuta de saúde pelo que um dia largou a engenharia agronómica e criou a Facilitas, para ajudar a deixar de fumar, e a StressZero. O Nuno abandonou o seu emprego numa multinacional de distribuição de papel e acabam por formar a génese da estrutura de um grupo familiar, que engloba várias marcas.
Uma deles, SigmaPack, disponibiliza serviços fúnebres ecológicos.
Sendo a morte um tema tabu na nossa sociedade, esta empresa aborda-a de uma forma muito simples e original: redução da utilização de madeira e transformação das cinzas da cremação numa árvore.
Esta filosofia tanto é aplicada a animais de estimação como a pessoas.
A empresa recorre às urnas Restbox, embalagens que são produzidas na Argentina a partir da reciclagem de papel e cartão – que demonstram também uma vertente de responsabilidade social: pessoas que viviam nas ruas estão a ser integradas em empresas a fazer recolha de resíduos que são entregues a uma cooperativa de reciclagem para o fabrico das urnas -, que tanto podem ser reutilizadas como fonte de nutrientes pela terra, como reduzir o consumo de gás e o tempo de cremação. 
Uma urna tradicional para cremação pode necessitar de 2 árvores, o que contrasta com a proposta da SigmaPack que elimina esta necessidade e ainda permite o surgimento de uma nova árvore à escolha (carvalho, pinheiro, etc.), que se pode desenvolver em sistema natural ou bonsai, dependendo da disponibilidade de espaço e local onde se pretende que a árvore cresça.

Temas para reflexão:
  • A nossa empresa possui caraterísticas menos facilitadoras da evolução na carreira das mulheres?
  • A integração de elementos femininos nas funções de topo ajuda a consolidar a da nossa visão?
  • Que caraterísticas de atuação das nossas colegas nos focalizam mais nos objetivos de longo prazo?
António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.pt
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Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
Santiago – Porto   www.efconsulting.pt
 
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