A sucessão dos cargos executivos na Empresa Familiar é baseada no mérito e independente das relações familiares?;

Reflexões Sobre Empresas Familiares
A sucessão dos cargos executivos na Empresa Familiar é baseada no mérito e independente das relações familiares?


Uma sociedade que vise a sua continuidade no longo prazo deve assegurar que este é um dos seus grandes objetivos e que possui uma equipa de gestores que implementa as ações necessárias a esta vontade.
Estando garantidas estas premissas é essencial que todas compreendam que, com a passagem dos anos, se tem de preparar e permitir a substituição das pessoas que lideram a operacionalidade da empresa.
Um dos grandes dilemas das organizações de base familiar, relativamente a esta inevitabilidade, é o de permitir que estas pessoas sejam selecionadas pelas suas competências ou, primeiramente, pelo seu grau de parentalidade para com os detentores do capital.
As respostas obtidas no estudo da Egon Zehnder refletem que mais de 50% que a principal caraterística das pessoas que assumem estes cargos é a meritocracia independente da relação familiar, contra somente cerca de 10%, que evidenciou exatamente o oposto, assumindo os restantes que se trata de uma particularidade neutra.

A Efacec percorreu um longo caminho, desde a sua fundação em 1948, que a levou de uma pequena empresa industrial a um fornecedor global de sistemas e soluções para as áreas da energia, engenharia, ambiente e transportes.
No início deste século a empresa estava cotada em bolsa e era controlada pelas famílias Pinto de Oliveira e Ricca Gonçalves. No decorrer da 1ª década os Grupos Mello e TMG foram tomando posições que, na atualidade, vieram a refletir-se num controlo total e de forma igualitária entre as famílias Mello e Gonçalves, respetivamente as detentoras destes dois grupos.
A empresa reorganizou-se e transformou-se num dos principais agentes exportadores nacionais, consolidando--se como uma das maiores multinacionais de capitais portugueses e constitui um símbolo da tecnologia portuguesa no mundo.
O modelo de governo da empresa suporta-se num Conselho de Administração – cuja presidência é assumida por Pedro Mello e vice-presidência por Manuel Gonçalves, assumindo estes dois gestores a posição dos dois grupos acionistas – e uma Comissão Executiva composta por cinco membros.
Este órgão executivo, liderado pelo CEO João Bento e mais quatro administradores, tem duas particularidades: os seus membros pertencem todos ao Conselho de Administração da sociedade mas não integra elementos das famílias que controlam o capital.


Temas para reflexão:

• Quais os perfis adequados aos principais quadros executivos da nossa empresa?
• A independência relativamente à Família é uma das caraterísticas a considerar?
• Existe preocupação em preparar as pessoas para assumirem essas funções?

 
António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.pt
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Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
Santiago – Porto   www.efconsulting.pt
 

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