As Empresas Familiares da área do Douro
Falar do Douro é sinónimo do rio, vinhedos, quintas, vinho do Porto e das fantásticas empresas familiares e famílias empresárias que as dinamizam e eternizam.
O estudo “Empresas familiares da Região Norte: Mapeamento, Retratos e Testemunhos”, de 2018, desenvolvido pela UMinho, analisou a distribuição das Empresas Familiares pelos municípios da área do Douro, permitindo uma destacar que:
- Vila Real representa mais de um quarto do número das empresas familiares registadas;
- Lamego e Peso da Régua em conjunto agregam quase 22% das sociedades;
- Os restantes 16 concelhos representam pouco mais de metade dos restantes negócios familiares, 53%, numa média de 3,5% cada um.
Esta dispersão geográfica, estruturalmente próxima da verificada noutras Áreas NUTS III do Norte, reflete a importância que os negócios familiares, independentemente da sua dimensão, possuem na criação de emprego, captação e retenção de pessoas e, de forma mais lata, na própria sobrevivência das aldeias e freguesias mais recônditas do país.
Neste contexto, muito para além da importância económica das suas empresas, é necessário também reconhecer o papel que as famílias empresárias desempenham no desenvolvimento e sustentabilidade de qualquer região.
Neste contexto, muito para além da importância económica das suas empresas, é necessário também reconhecer o papel que as famílias empresárias desempenham no desenvolvimento e sustentabilidade de qualquer região.
As origens da Quinta do Crasto (Gouvinhas, Sabrosa), com casa de habitação, lagares e adegas, remontam ao século XVII. O portão de entrada apresenta a inscrição “Quinta do Crasto 1615-1918”, referindo-se as datas, respetivamente, à sua fundação e aquisição e refundação por Constantino de Almeida (prestigiado comerciante de vinho do Porto) que investiu na replantação das vinhas devastadas pela filoxera e na reconstrução de adegas e habitações. Na altura constituiu uma sociedade comercial, detida pela mulher e filhos, que foi cedida, em 1958, à casa Ferreirinha, continuando a quinta na posse dos sucessores.
Os anos oitenta do século XX marcaram uma nova fase desta histórica quinta, quando Leonor Guedes de Almeida, neta de Constantino, e seu marido, Jorge Roquette, adquiriram as quotas de diversos membros da família e lançaram um projecto de modernização vitícola, passando a produzir e a comercializar diretamente vinhos do Porto e Douro. Para além dos fantásticos e premiados vinhos, com os excelentes recursos proporcionados por toda a envolvente da quinta, foi desenvolvido um projeto de enoturismo que tem acumulado diversos reconhecimentos internacionais, destacando-se em 2019:
A paixão de uma família pode assegurar a competitividade de um negócio familiar e a preparação e a passagem do legado às gerações vindouras.
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Temas para reflexão:
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António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.pt
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@empresasfamiliaresdesucesso
Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
http://www.efconsulting.pt
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