O período de convivência geracional é essencial à continuidade da empresa familiar
Uma empresa familiar que alcance a segunda ou seguintes gerações vai passar por largos períodos de convivência geracional. Em média estima-se que a sobreposição de pessoas de distintas gerações andará pelos 25 anos, o que é muito idêntico ao período em que o fundador de um negócio se encontra na empresa sem os seus filhos.
Foi subordinado ao tema “Empresa Familiar: Sucesión? Convivencia generacional?” que Miguel Ángel Gallo desenvolveu o seu discurso de ingresso como associado de número na “Real Academia de Doctores”, no passado dia 16 de fevereiro, num ato que decorreu no Salón de Actos de Fomento del Trabajo e ao qual tive o privilégio de assistir a seu convite.
No essencial, o Prof. caraterizou este período de convivência em cinco grande desafios que, ao não serem devidamente enfrentados, são as principais causas de morte dos negócios familiares. Em síntese estes elementos são:
Confusão entre a capacidade profissional e a propriedade – ser dono não significa saber ou ter de ser gestor;
Não atender às regras próprias de uma empresa de negócios a atuar no mercado – se não é competitiva, dificilmente sobreviverá;
Retardar a sucessão da liderança – se não são preparados os sucessores e não é passado o testemunho, a sucessão vai ter enorme impacto na empresa e família;
Confusão de decisões e órgãos de governo com decisões e órgãos de gestão – as grandes linhas orientadoras e a supervisão são os dois grandes objetivos de governo, a implementação deve ser de responsabilidade da gestão;
Sentimento de imunidade aos quatro desafios anteriores – o que vemos acontecer aos outros, pode estar à nossa porta (se ainda não entrou).
A apresentação de Miguel Gallo focou ainda a distinção entre os dois grandes poderes: Potestas como poder estatutário ou legalmente atribuído e Auctoritas como saber socialmente reconhecido, por considerar que a não distinção entre os dois é uma limitação frequente ao desenvolvimento do governo e gestão da empresa.
No essencial, o Prof. caraterizou este período de convivência em cinco grande desafios que, ao não serem devidamente enfrentados, são as principais causas de morte dos negócios familiares. Em síntese estes elementos são:
Confusão entre a capacidade profissional e a propriedade – ser dono não significa saber ou ter de ser gestor;
Não atender às regras próprias de uma empresa de negócios a atuar no mercado – se não é competitiva, dificilmente sobreviverá;
Retardar a sucessão da liderança – se não são preparados os sucessores e não é passado o testemunho, a sucessão vai ter enorme impacto na empresa e família;
Confusão de decisões e órgãos de governo com decisões e órgãos de gestão – as grandes linhas orientadoras e a supervisão são os dois grandes objetivos de governo, a implementação deve ser de responsabilidade da gestão;
Sentimento de imunidade aos quatro desafios anteriores – o que vemos acontecer aos outros, pode estar à nossa porta (se ainda não entrou).
A apresentação de Miguel Gallo focou ainda a distinção entre os dois grandes poderes: Potestas como poder estatutário ou legalmente atribuído e Auctoritas como saber socialmente reconhecido, por considerar que a não distinção entre os dois é uma limitação frequente ao desenvolvimento do governo e gestão da empresa.
Miguel Angel Gallo Laguna de Rins é engenheiro e doutorou-se em 1959. Depois de trabalhar numa empresa da família, incorporou o IESE, onde criou e foi Titular da Cátedra “Empresa Familiar”. Publicou mais de 20 livros, dezenas de documentos de investigação e centenas de casos e notas técnicas. Atualmente é professor emérito do IESE e Presidente Honorário do International Family Enterprise Research Academy. A “Real Academia de Doctores” tem as suas origens em 1877, sob a Lei de Educação Pública de 1857. Em 1914 surge a “Agrupación de Doctores matriculados en Cataluña”, a precendete da atual instituição, que organizou em 1915 o primeiro “Congresso de Doctores”em Barcelona. Tendo praticamente desaparecido durante a Segunda República e a Guerra Civil espanhola, ressurge em força em 1943 e, em 1989, é reconhecida como entidade de Direito Público, tendo o o Rei Juan Carlos concedindo o título que, associado à sua mais recente vontade de internacionalização, acaba de a transformar na “Real Academia Europea de Doctores”. Os Académicos de Número são selecionados de entre os doutores de reconhecido prestígio da União Europeia e que estejam dispostos a contribuir desinteressadamente para o progresso da Humanidade, o avanço do pensamento, da razão e a qualidade da Ciência, da Filosofia, da Técnica ou da Arte. Na cerimónia de ingresso o Académico apresenta o seu discurso de admissão ao qual responderá, com outro discurso, um Académico de Número designado pela Junta de Diretiva. |
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