Econo-circular: viva a Suécia!;

Econo-circular: viva a Suécia!
Repito: A CIP teve bons webinars sobre Economia Circular. Bom para o ambiente, economiza matérias-primas, reduz desperdício e lixo, inova. A conclusão é sempre a mesma, muitos outros países têm legislação ajustada para isto, nós ainda não.

Há dias falaram sobre embalagens. Aqui falam. Há 30 anos Suécia e Alemanha fazem! É lei, 6Rs! RE-pensar, RE-utilizar, RE-duzir, RE-ciclar, RE-cusar, RE-comendar. Lá este último é RE-clusar, i.e, quem não faz é preso!
Há décadas a Alemanha obriga os fabricantes de plásticos a marcá-los ou claramente declarar os seus compostos químicos para se poder reutilizar ou reciclar.
Há 30 anos não há mais garrafas PET! São vidro, a máquina que a Auchan está a testar na entrada dos supermercados, lá já foram modernizadas várias vezes. O cliente mete as suas garrafas vazias, recebe um ticket com o seu valor, deduzido da compra, na caixa. O camião que traz garrafas cheias leva as vazias, depois são lavadas e reutilizadas.
Há 25 anos não há sacos plásticos. O cliente traz o seu, em papel ou pano, dobrado, e enche-o na caixa. Há 25 anos não há saquinhos plásticos para fruta ou legume. O cliente traz o seu, ou os põe direto no seu saco, para então pesá-lo e pagar.
Lata de alumínio? Nem pensar! O custo em energia para reciclá-la é dispensável. Quem não traz sua garrafa paga uns 2 euros só pela embalagem! Potes de vidro são reciclados.
Papel é reciclado. Mas nos ecopontos há treze, TREZE COLETORES. Vidro branco num, colorido noutro. Papel branco num, colorido noutro. Para facilitar a reciclagem.
Não são as redes de supermercados que recusam certas embalagens, especialmente as importadas. É o Governo quem recusa aceitar uma tecnologia superada e imposta por poucas transnacionais do cartel das embalagens e plásticos.
No repensar entra imposto sobre publicidade. Especialmente na TV há muita publicidade para crianças fazerem seus pais comprar produtos dispensáveis ou impróprios ao ambiente. É normal elas reagirem de forma emotiva e não reflexiva.
Por cá há muita publicidade emotiva para a compra de carros de luxo; e cosmético e aditivo alimentar inútil, se a alimentação for saudável. Lá a publicidade paga um imposto adicional. A esmagadora maioria destes produtos vende pela embalagem e publicidade emotiva, não pela qualidade para o fim a que se destina. Imposto nela!
Aqui a caixa de papelão que traz 12-20 produtos entá posta nas prateleiras, é reciclada, gasta energia. Lá é aberta e, vazia, é dobrada para reutilizar. Não gasta energia. Aqui agora começam a usar refil, lá fazem-no há 25 anos. Porque? Imposto! O Governo manda, o cartel obedece!
O imposto deve ser imposto pela sociedade civil. Deus nos deu duas orelhas para ouvirmos os dois lados. Governos parecem dar quatro ouvidos aos carteis e meio ouvido à sociedade pensante e responsável.
Siza Vieira, YES, YOU CAN!
Jack Soifer, 08/07/2021
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