Pequenas empresas vão ter crédito com prazos mais longos e juros mais baixos;

IFD e CEB formalizam contrato de empréstimo de 100 milhões
Pequenas empresas vão ter crédito com prazos mais longos e juros mais baixos
Rolf Wenzel, governador do CEB, Pedro Siza Vieira, ministro Adjunto e da Economia, e Henrique Cruz, presidente executivo da IFD.
O Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa (CEB) e a Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) formalizaram, no início desta semana, um contrato de empréstimo de 100 milhões de euros, numa cerimónia realizada no Ministério da Economia, em Lisboa. 
Este financiamento permitirá à IFD operacionalizar a Linha IFD Pequenos Negócios e, desta forma, contribuir para um financiamento estável, em condições mais competitivas, mediante a transferência para as empresas de melhores condições de preço e prazo obtidas junto de instituições financeiras internacionais, neste caso em concreto o CEB. 
Este banco, devido ao seu rating AAA, consegue recursos a uma taxa de juro muito reduzida. Desta forma, consegue repassar para a IFD essa mesma taxa de juro no financiamento. A IFD, por sinal, irá celebrar contratos com os bancos para que eles possam também (dentro da sua operação normal) repassar essas taxas para as empresas, mais concretamente aquelas mais pequenas que não têm capacidade para aceder a financiamento.
Em termos de montantes, numa lógica de carteira, o CEB pode financiar até 50% do investimento/fundo de maneio em projetos com custos elegíveis até dois milhões de EUR.
 
Empresas apoiadas
 
O montante máximo para apoio a fundo de maneio previsto no financiamento do CEB à IFD faz alguma diferenciação entre a tipologia de empresa no que respeita ao financiamento de fundo de maneio: para empresas médias (de 50 a 249 colaboradores), são consideradas custos elegíveis todas as necessidades em fundo de maneio permanentes (definidas como a diferença entre ativos correntes e passivos correntes); para micro e pequenas empresas (até 49 colaboradores), o financiamento pode incluir o montante global das necessidades em fundo de maneio, desde que a IC considere que a PME é bem gerida, tem um plano financeiro robusto e demonstre boa gestão de cash flow.
 “Este empréstimo com o CEB permitirá operacionalizar a Linha IFD Pequenos Negócios e, desta forma, colmatar a falha de mercado identificada pela IFD, no acesso das empresas de menor dimensão a crédito com prazos mais longos, e diminui os custos do financiamento bancário. Para além disso, permitirá também apoiar as empresas que passaram com sucesso por processos de reestruturação, viabilizando o acesso a financiamento que lhes permita retomar a atividade produtiva”, afirmou Henrique Cruz, presidente executivo da IFD. 
Relativamente às empresas que vão beneficiar desta nova Linha, serão os intermediários financeiros a selecionar, dentro dos trâmites estabelecidos.
Para já, os bancos que já se disponibilizaram foram o Novo Banco e o Millennium bcp.
VIRGÍLIO FERREIRA virgilio@vidaeconomica.pt, 04/04/2019
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