Nova geração antevê melhoria da situação financeira
Pelo terceiro ano consecutivo, o custo de vida mantém-se como o principal motivo de preocupação entre a Geração Z e Millennials em Portugal. Nestas faixas etárias, 47% da Geração Z e 50% dos Millennials admitem dificuldades em suportar os gastos do dia a dia face aos custos atuais.
A conclusão é do Deloitte Gen Z and Millennial Survey 2024, estudo conduzido com jovens de todo o mundo, incluindo Portugal, da Geração Z e Millennial, em que a Deloitte explora a forma como as circunstâncias em evolução moldam o local de trabalho e as experiências sociais destas gerações. Para além do custo de vida, os portugueses destas gerações destacam ainda preocupações com o desemprego, a instabilidade política, as alterações climáticas e a saúde mental.
A conclusão é do Deloitte Gen Z and Millennial Survey 2024, estudo conduzido com jovens de todo o mundo, incluindo Portugal, da Geração Z e Millennial, em que a Deloitte explora a forma como as circunstâncias em evolução moldam o local de trabalho e as experiências sociais destas gerações. Para além do custo de vida, os portugueses destas gerações destacam ainda preocupações com o desemprego, a instabilidade política, as alterações climáticas e a saúde mental.
Numa perspetiva global, seis em cada dez jovens (56% na Geração Z e 55% nos Millennials) admitem viver de salário em salário – um aumento de cinco e três pontos percentuais respetivamente, desde o ano passado. E cerca de três em cada dez afirmam não se sentirem financeiramente seguros. No entanto, o estudo indica que existe um otimismo moderado quanto à possibilidade de as circunstâncias melhorarem. São cada vez mais os inquiridos a acreditar que a sua situação financeira pessoal irá melhorar no espaço de um ano: são 48% da Geração Z e 40% dos Millennials que assim o afirmam, face a 44% e 35% no estudo anterior, respetivamente. Em Portugal os números registam um aumento ainda mais expressivo: na edição de 2023, 48% da Geração Z e 30% dos Millennials esperavam ver a sua situação financeira melhorar no próximo ano. Na edição deste ano, são 56% e 44%, respetivamente.
O propósito empresarial influencia fortemente a satisfação profissional
Cerca de nove em cada dez jovens (86% da Geração Z e 89% da Geração Millennial) afirma que ter um sentido de propósito no seu trabalho é importante para a satisfação profissional e bem-estar geral, em linha com o verificado em Portugal. Há muito que as gerações mais jovens afirmam valorizar o trabalho orientado para um propósito e, nesta edição, essa perceção persiste.
Causas da recusa do empregador
Metade da Geração Z (50%) e quatro em cada dez Millennials (43%) já rejeitaram uma tarefa ou projeto com base na sua ética ou crenças pessoais. Quase o mesmo número (44% da Geração Z e 40% dos Millennials) recusou um empregador pelas mesmas razões, o que demonstra como é importante para as organizações não só definir e comunicar um objetivo claro, mas também ouvir e responder ativamente aos seus colaboradores para garantir que os valores do empregador e de toda a equipa se mantêm alinhados.
Este aspeto é também importante para os jovens portugueses, com 82% da Geração Z e 75% dos Millennials a afirmar que o seu emprego atual lhes dá um sentido de propósito. Da mesma forma, mais de metade dos inquiridos afirma estar satisfeito com o alinhamento dos valores e objetivos da sua organização atual com os seus próprios valores e objetivos: 68% da Geração Z e 70% dos Millennials.
No entanto, os jovens mostram-se menos positivos no que diz respeito ao impacto social das empresas em geral. Menos de metade da Geração Z (49%) e dos Millennials (47%) acredita que as empresas estão a ter um impacto positivo na sociedade, com números ainda mais baixos em Portugal: 40% da Geração Z e 34% dos Millennials. Estes números revelam um fosso entre o que os jovens consideram que as empresas são capazes de fazer e o que estão realmente a fazer – existindo amplas oportunidades para as empresas contribuírem positivamente para diversos desafios sociais. Cerca de seis em cada dez jovens destas gerações acreditam que as empresas têm a oportunidade, por exemplo, de proteger o ambiente (65% da Geração Z e 68% dos Millennials), de ajudar a garantir que tecnologias como a GenAI são utilizadas de forma ética (65% da Geração Z e dos Millennials) ou de influenciar a igualdade social (63% da Geração Z e dos Millennials).
As perceções positivas da GenAI aumentam com a experiência prática
A inteligência artificial generativa (GenAI) surge também como grande tendência no estudo deste ano. Embora a principal emoção que a Geração Z e os Millennials referem sentir quando pensam na GenAI seja a incerteza, o entusiasmo e o fascínio vêm logo a seguir. No caso português observa-se uma diferença nas duas gerações: no caso da Geração Z, o sentimento mais usado para descrever a GenAI é a incerteza (33%), seguida do fascínio (21%) e entusiasmo (21%); os Millennials, após a incerteza (33%) referem sentir confusão (18%) e ansiedade (16%).
No entanto, as perceções positivas da tecnologia aumentam com mais experiência prática. Atualmente, cerca de um quarto da Geração Z (26%) e dos Millennials (22%) utilizam o GenAI no trabalho o tempo todo ou a maior parte do tempo, o que é demonstrativo do crescente impacto desta tecnologia.
Em Portugal, 10% da Geração Z e 9% dos Millennials dizem utilizar frequentemente a GenAI no trabalho. Destes, a esmagadora maioria acredita que esta tecnologia lhes permitirá poupar tempo e melhorar o seu equilíbrio entre a vida profissional e pessoal (64% da Geração Z e 52% dos Millennials) e libertar tempo para tarefas mais criativas e estratégicas (82% da Geração Z e 88% dos Millennials).
Apesar dos benefícios, há ainda um caminho por percorrer pelas empresas na capacitação das equipas na utilização desta tecnologia. Menos de metade dos jovens portugueses (43% da Geração Z e 31% dos Millenials) afirma que a sua entidade laboral está a formar suficientemente os trabalhadores sobre as capacidades, os benefícios e o valor da GenAI.
A proteção do ambiente é o desafio social em que os inquiridos consideram que as empresas têm a maior oportunidade e a influência necessária para promover a mudança – e os jovens estão a pressionar as empresas a fazê-lo através das suas decisões de carreira e dos seus comportamentos de consumo. Em Portugal, por exemplo, 17% da Geração Z e 18% dos Millennials já mudaram de emprego para se alinhar com os seus valores ambientais, e, 18% e 17%, respetivamente, planeia fazê-lo no futuro.
O propósito empresarial influencia fortemente a satisfação profissional
Cerca de nove em cada dez jovens (86% da Geração Z e 89% da Geração Millennial) afirma que ter um sentido de propósito no seu trabalho é importante para a satisfação profissional e bem-estar geral, em linha com o verificado em Portugal. Há muito que as gerações mais jovens afirmam valorizar o trabalho orientado para um propósito e, nesta edição, essa perceção persiste.
Causas da recusa do empregador
Metade da Geração Z (50%) e quatro em cada dez Millennials (43%) já rejeitaram uma tarefa ou projeto com base na sua ética ou crenças pessoais. Quase o mesmo número (44% da Geração Z e 40% dos Millennials) recusou um empregador pelas mesmas razões, o que demonstra como é importante para as organizações não só definir e comunicar um objetivo claro, mas também ouvir e responder ativamente aos seus colaboradores para garantir que os valores do empregador e de toda a equipa se mantêm alinhados.
Este aspeto é também importante para os jovens portugueses, com 82% da Geração Z e 75% dos Millennials a afirmar que o seu emprego atual lhes dá um sentido de propósito. Da mesma forma, mais de metade dos inquiridos afirma estar satisfeito com o alinhamento dos valores e objetivos da sua organização atual com os seus próprios valores e objetivos: 68% da Geração Z e 70% dos Millennials.
No entanto, os jovens mostram-se menos positivos no que diz respeito ao impacto social das empresas em geral. Menos de metade da Geração Z (49%) e dos Millennials (47%) acredita que as empresas estão a ter um impacto positivo na sociedade, com números ainda mais baixos em Portugal: 40% da Geração Z e 34% dos Millennials. Estes números revelam um fosso entre o que os jovens consideram que as empresas são capazes de fazer e o que estão realmente a fazer – existindo amplas oportunidades para as empresas contribuírem positivamente para diversos desafios sociais. Cerca de seis em cada dez jovens destas gerações acreditam que as empresas têm a oportunidade, por exemplo, de proteger o ambiente (65% da Geração Z e 68% dos Millennials), de ajudar a garantir que tecnologias como a GenAI são utilizadas de forma ética (65% da Geração Z e dos Millennials) ou de influenciar a igualdade social (63% da Geração Z e dos Millennials).
As perceções positivas da GenAI aumentam com a experiência prática
A inteligência artificial generativa (GenAI) surge também como grande tendência no estudo deste ano. Embora a principal emoção que a Geração Z e os Millennials referem sentir quando pensam na GenAI seja a incerteza, o entusiasmo e o fascínio vêm logo a seguir. No caso português observa-se uma diferença nas duas gerações: no caso da Geração Z, o sentimento mais usado para descrever a GenAI é a incerteza (33%), seguida do fascínio (21%) e entusiasmo (21%); os Millennials, após a incerteza (33%) referem sentir confusão (18%) e ansiedade (16%).
No entanto, as perceções positivas da tecnologia aumentam com mais experiência prática. Atualmente, cerca de um quarto da Geração Z (26%) e dos Millennials (22%) utilizam o GenAI no trabalho o tempo todo ou a maior parte do tempo, o que é demonstrativo do crescente impacto desta tecnologia.
Em Portugal, 10% da Geração Z e 9% dos Millennials dizem utilizar frequentemente a GenAI no trabalho. Destes, a esmagadora maioria acredita que esta tecnologia lhes permitirá poupar tempo e melhorar o seu equilíbrio entre a vida profissional e pessoal (64% da Geração Z e 52% dos Millennials) e libertar tempo para tarefas mais criativas e estratégicas (82% da Geração Z e 88% dos Millennials).
Apesar dos benefícios, há ainda um caminho por percorrer pelas empresas na capacitação das equipas na utilização desta tecnologia. Menos de metade dos jovens portugueses (43% da Geração Z e 31% dos Millenials) afirma que a sua entidade laboral está a formar suficientemente os trabalhadores sobre as capacidades, os benefícios e o valor da GenAI.
A proteção do ambiente é o desafio social em que os inquiridos consideram que as empresas têm a maior oportunidade e a influência necessária para promover a mudança – e os jovens estão a pressionar as empresas a fazê-lo através das suas decisões de carreira e dos seus comportamentos de consumo. Em Portugal, por exemplo, 17% da Geração Z e 18% dos Millennials já mudaram de emprego para se alinhar com os seus valores ambientais, e, 18% e 17%, respetivamente, planeia fazê-lo no futuro.