“Há vários constrangimentos que explicam o aumento dos custos da construção nova”
Existem muitos desafios com impacto nos mercados de construção e imobiliário e que devem continuar a merecer atenção e prioridade por parte das entidades competentes, considera João Sousa, em entrevista.
Qual o balanço que faz da atividade durante este ano?
Apesar de ser mais um ano em que a pandemia condicionou muitas atividades, a verdade é que o setor imobiliário conseguiu reinventar-se para dar resposta às necessidades atuais dos consumidores, mostrou-se muito ‘resiliente’, que, aliás acho que é a palavra que melhor define o setor nestes dois últimos anos, e contou também com uma excelente ajuda de vários intervenientes no processo, ou seja, por exemplo, da tecnologia, que facilitou muito o processo de procura de casa, com as condições favoráveis no acesso ao crédito à habitação, com a poupança privada, com as moratórias.
O negócio de venda de casa continuou a fazer-se a nível mundial, porque o facto de as pessoas estarem confinadas em casa fez com que se apercebessem que os espaços em que viviam estavam pouco preparados para esta nova realidade, o que trouxe novas necessidades e exigências de quem procura casa. Ou seja, mudou o paradigma da habitação, porque as pessoas começaram a ter necessidade de procurar casa com espaços exteriores, com mais divisões, escritório, mais luz, melhor ventiladas e deixou de ser importante viver nos centros da cidade, devido à mudança laboral proporcionada pelo teletrabalho.
Estas mudanças tiveram um grande impacto no negócio de venda de imóveis, o que causou uma maior procura de casa fora dos centros urbanos, com qualidade de vida, perto da natureza e com preços por metro quadrado mais baixos.
Qual é a sua expetativa para 2022?
O mercado imobiliário português continuou a ser um ativo bastante atrativo, tanto pela procura das famílias como pela procura dos investidores. No final de 2020 e durante o ano 2021, também se verificou uma recuperação da procura por parte dos investidores estrangeiros. Para além do aumento da procura de habitação, existe uma consciência de que o investimento imobiliário continua a ser dos investimentos mais seguros que existem.
No geral, o balanço que faço do mercado imobiliário português, principalmente da área residencial, é positivo e teve um bom desempenho, porque o perfil de consumo mudou, e existe uma procura de habitação que excede a oferta.
Quais os desafios que considera que deveriam ser uma prioridade para o próximo ano?
Existem muitos desafios com impacto nos mercados de construção e imobiliário e que devem continuar a merecer atenção e prioridade por parte das entidades competentes.
Os custos de construção nova continuam a subir e na sua origem estão tanto a escassez de mão de obra como de materiais, o que tem impacto no atraso das obras e na subida de preços das casas, e é transversal a todo o setor. A juntar a isto, a existência de uma burocracia excessiva por parte das entidades licenciadoras na atribuição de licenças atrasa o início, o desenvolvimento, bem como a entrega de imóveis. Com a pandemia, todos os processos de licenciamento sofreram ainda maiores atrasos.
Outro desafio que deveria ser uma prioridade e é frequentemente debatido, inclusive reforçado pela APPII, mas que ainda não foi ultrapassado, prende-se com o facto de o IVA na construção ser de 23% e não baixar, o que torna complicado colocar no mercado imóveis com preços mais baixos, porque sofremos este impacto direto nos materiais de construção. O preço destes materiais agravou-se com a pandemia e, consequentemente reflete-se no aumento do preço final dos imóveis.
Estes constrangimentos no setor deveriam melhorar no próximo ano, para afastar os receios da inflação e tornar o setor mais dinâmico e competitivo.
Quais são os projetos e desafios para o próximo ano?
A JPS Group vai continuar a apostar na oferta de construção nova de qualidade a preços que consideramos imbatíveis, como tem sido até à data o nosso posicionamento.
Enquanto promotora, a JPS Group já está a preparar o ano 2022, e a analisar novos projetos. Estamos a estudar um novo conceito para apresentar ao mercado, pelo que vamos apresentar novidades no próximo ano. Estou muito otimista para o próximo ano e confiante de que a JPS Group vai arrancar em força para 2022.
Apesar de ser mais um ano em que a pandemia condicionou muitas atividades, a verdade é que o setor imobiliário conseguiu reinventar-se para dar resposta às necessidades atuais dos consumidores, mostrou-se muito ‘resiliente’, que, aliás acho que é a palavra que melhor define o setor nestes dois últimos anos, e contou também com uma excelente ajuda de vários intervenientes no processo, ou seja, por exemplo, da tecnologia, que facilitou muito o processo de procura de casa, com as condições favoráveis no acesso ao crédito à habitação, com a poupança privada, com as moratórias.
O negócio de venda de casa continuou a fazer-se a nível mundial, porque o facto de as pessoas estarem confinadas em casa fez com que se apercebessem que os espaços em que viviam estavam pouco preparados para esta nova realidade, o que trouxe novas necessidades e exigências de quem procura casa. Ou seja, mudou o paradigma da habitação, porque as pessoas começaram a ter necessidade de procurar casa com espaços exteriores, com mais divisões, escritório, mais luz, melhor ventiladas e deixou de ser importante viver nos centros da cidade, devido à mudança laboral proporcionada pelo teletrabalho.
Estas mudanças tiveram um grande impacto no negócio de venda de imóveis, o que causou uma maior procura de casa fora dos centros urbanos, com qualidade de vida, perto da natureza e com preços por metro quadrado mais baixos.
Qual é a sua expetativa para 2022?
O mercado imobiliário português continuou a ser um ativo bastante atrativo, tanto pela procura das famílias como pela procura dos investidores. No final de 2020 e durante o ano 2021, também se verificou uma recuperação da procura por parte dos investidores estrangeiros. Para além do aumento da procura de habitação, existe uma consciência de que o investimento imobiliário continua a ser dos investimentos mais seguros que existem.
No geral, o balanço que faço do mercado imobiliário português, principalmente da área residencial, é positivo e teve um bom desempenho, porque o perfil de consumo mudou, e existe uma procura de habitação que excede a oferta.
Quais os desafios que considera que deveriam ser uma prioridade para o próximo ano?
Existem muitos desafios com impacto nos mercados de construção e imobiliário e que devem continuar a merecer atenção e prioridade por parte das entidades competentes.
Os custos de construção nova continuam a subir e na sua origem estão tanto a escassez de mão de obra como de materiais, o que tem impacto no atraso das obras e na subida de preços das casas, e é transversal a todo o setor. A juntar a isto, a existência de uma burocracia excessiva por parte das entidades licenciadoras na atribuição de licenças atrasa o início, o desenvolvimento, bem como a entrega de imóveis. Com a pandemia, todos os processos de licenciamento sofreram ainda maiores atrasos.
Outro desafio que deveria ser uma prioridade e é frequentemente debatido, inclusive reforçado pela APPII, mas que ainda não foi ultrapassado, prende-se com o facto de o IVA na construção ser de 23% e não baixar, o que torna complicado colocar no mercado imóveis com preços mais baixos, porque sofremos este impacto direto nos materiais de construção. O preço destes materiais agravou-se com a pandemia e, consequentemente reflete-se no aumento do preço final dos imóveis.
Estes constrangimentos no setor deveriam melhorar no próximo ano, para afastar os receios da inflação e tornar o setor mais dinâmico e competitivo.
Quais são os projetos e desafios para o próximo ano?
A JPS Group vai continuar a apostar na oferta de construção nova de qualidade a preços que consideramos imbatíveis, como tem sido até à data o nosso posicionamento.
Enquanto promotora, a JPS Group já está a preparar o ano 2022, e a analisar novos projetos. Estamos a estudar um novo conceito para apresentar ao mercado, pelo que vamos apresentar novidades no próximo ano. Estou muito otimista para o próximo ano e confiante de que a JPS Group vai arrancar em força para 2022.