Reuniões da família empresária
Para se assegurar a coesão da família empresária é necessário desenvolver uma política de reuniões que facilite a comunicação e dinamize a interligação entre os membros da família, independentemente de serem ou não acionistas da empresa familiar.
No processo de desenvolvimento de um protocolo familiar, é comum a criação de dois órgãos ligados à família empresária, a saber:
António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.pt
pt.linkedin.com/in/antonionogueiradacosta/
http://www.facebook.com/ajncosta
@empresasfamiliaresdesucesso
Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
http://www.efconsulting.pt
- Assembleia de Família – engloba todos os membros da família, independentemente da sua ligação ser consanguínea ou por via conjugal (ou paraconjugal). Reúne pelo menos uma vez por ano e preocupa-se com dinâmicas de informação, integração e coesão da família;
- Conselho de Família – constituído um número reduzido de membros da família, com distintos perfis, assume a parte mais executiva das ações relacionadas, com a família empresária e sua interligação com a empresa e a envolvente externa. Reúne de uma forma mais regular (normalmente um mínimo de duas vezes por ano) e sempre que necessário para tratar de assuntos que lhe estão consignados.
Relativamente a este tema da reunião da família, o estudo “Global family business survey 2019” desenvolvido pela Deloitte, em 2019, obteve os seguintes dados:
- 44% referem que realizam encontros informais;
- 35% salientam a existência de reuniões formais;
- 20% não reúnem.
Considerando o desejo de assegurar a continuidade da empresa familiar, é importante definir-se e estruturar-se a existência da família empresária, criando os seus órgãos e uma dinâmica de funcionamento, pois só assim se conseguirá consciencializar e potenciar a união da família em torno do negócio.
Assim, foi para “assegurar que a família e a empresa unidas por laços de afectividade, consciência social e profissionalismo constituam um único bloco, coeso e forte” que se definiram regras num protocolo que obriga os seus elementos a colocarem os interesses do colectivo acima dos seus pessoais.
Foram criadas duas estruturas essenciais para a tomada de decisões familiares e de negócio – a Assembleia Familiar e o Conselho Familiar. A primeira reúne-se uma vez por ano, é constituída por Conceição da Silva Gomes, os cinco filhos e cônjuges e respetivos descendentes consanguíneos e tem como principal missão manter todos os membros da família “ligados entre si e à empresa, reforçando a garantia de continuidade da mesma no seio da família Casais”. Assim, todos, mesmo aqueles que escolheram profissões fora do Grupo, têm conhecimento do que se passa no mesmo.
Foram criadas duas estruturas essenciais para a tomada de decisões familiares e de negócio – a Assembleia Familiar e o Conselho Familiar. A primeira reúne-se uma vez por ano, é constituída por Conceição da Silva Gomes, os cinco filhos e cônjuges e respetivos descendentes consanguíneos e tem como principal missão manter todos os membros da família “ligados entre si e à empresa, reforçando a garantia de continuidade da mesma no seio da família Casais”. Assim, todos, mesmo aqueles que escolheram profissões fora do Grupo, têm conhecimento do que se passa no mesmo.
Por sua vez, o Conselho Familiar garante que o protocolo funciona, resolvendo conflitos sobre assuntos como contratação, despedimentos e distribuição de remunerações suplementares e preparando os mais jovens para assumirem no futuro o destino da empresa. É no seio deste órgão, que reúne ordinariamente duas vezes por ano e procura analisar os assuntos de importância para a família na sua relação com a empresa, constituído por descendentes de sangue, que se decidirão questões de continuidade e sucessão. (fonte: Mestria, p. 74, 2008, Empreiteiros Casais).
Em 2013, Alexandre Soares dos Santos juntou toda a família, 80 pessoas, da sua geração até ao neto mais novo, para anunciar a decisão de deixar a presidência do grupo, apresentar a evolução da JM durante a sua liderança de 46 anos e debater o futuro. “Uma coisa que me agradou muito foi a ideia de que a JM não é para vender. Nunca será vendida”, disse ao “Expresso”, convicto de que o seu afastamento da liderança não poderá originar fissuras na coesão familiar. … O que é preciso é que a família continue a encontrar-se e que a informação circule. Esse é um problema comum em muitas famílias, mas que aqui está contemplado. Também foi debatido que o nome de uma casa se constrói todos os dias. E se destrói num dia. Há exemplos recentes noutras famílias”, disse. (fonte: “Negócios dos filhos dos ricos”, revista “Exame”, 2014).
Temas para reflexão:
- Será oportuno vermo-nos e atuarmos como uma família empresária?
- Que vantagens ou desvantagens existem desta estruturação?
- As reuniões tradicionais da família não são mais do que suficientes para se falar do que é necessário?
Especialista em Empresas Familiares
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