Distribuição das Empresas Familiares do Norte por áreas NUTS III
Sempre se assumiu que o Norte de Portugal é uma região industrial, com muitas empresas com uma enorme capacidade exportadora e uma resiliência caraterística das pessoas que trabalham arduamente para as manter competitivas.
O estudo “Empresas familiares da Região Norte: Mapeamento, Retratos e Testemunhos”, de 2018, desenvolvido pela UMinho, trabalhou uma base de dados de mais de quarenta mil empresas classificadas como familiares, tendo ilustrado a sua localização de uma forma cromática que releva a sua distribuição numérica pelas 8 áreas NUTS III.
Em 1959 nasceu a Sociedade Nacional de Estratificados – Sonae, fundada por Afonso Pinto de Magalhães. Nas duas primeiras décadas de vida mantém-se uma PME que consegue ultrapassar o período crítico da revolução de abril – em 1978 os trabalhadores efetuam uma greve contra a tentativa de nacionalização da empresa – e iniciar um crescimento exponencial a partir dos anos 80, altura em que Pinto Magalhães oferece 16% da empresa a Belmiro de Azevedo, que tinha sido contratado em 1965.
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.pt
pt.linkedin.com/in/antonionogueiradacosta/
http://www.facebook.com/ajncosta
@empresasfamiliaresdesucesso
Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
http://www.efconsulting.pt
De uma forma genérica, constata-se que as duas áreas que concentram o maior número de sociedades familiares são a Metropolitana do Porto e a do Ave – possuem mais de 5200 empresas cada uma – e que o Alto Tâmega é a área com menor nº de empresas (inferior a 740, cerca de 15% da expressão das anteriores).
Independentemente do seu número, que de forma natural vai de encontro ao que seria expetável de maior densidade junto à segunda cidade do país e do litoral, o que é de relevar é a sua presença em todo o território, influenciando positivamente o meio onde se encontram inseridas, com especial relevância para a criação de emprego e consequente fixação das pessoas.
Independentemente do seu número, que de forma natural vai de encontro ao que seria expetável de maior densidade junto à segunda cidade do país e do litoral, o que é de relevar é a sua presença em todo o território, influenciando positivamente o meio onde se encontram inseridas, com especial relevância para a criação de emprego e consequente fixação das pessoas.
Os próximos artigos irão permitir conhecer de uma forma mais detalhada a caraterização de cada uma destas áreas e suas empresas, salientando-se desde já a importância que deve ser atribuída a todas estas, independentemente da sua localização, setor de atividade ou dimensão.
Em 1959 nasceu a Sociedade Nacional de Estratificados – Sonae, fundada por Afonso Pinto de Magalhães. Nas duas primeiras décadas de vida mantém-se uma PME que consegue ultrapassar o período crítico da revolução de abril – em 1978 os trabalhadores efetuam uma greve contra a tentativa de nacionalização da empresa – e iniciar um crescimento exponencial a partir dos anos 80, altura em que Pinto Magalhães oferece 16% da empresa a Belmiro de Azevedo, que tinha sido contratado em 1965.
A década de 80 foi muito dinâmica: a diversificação para a área da construção e da restauração e hotelaria (Ibersol); estreia em bolsa (em 1983 a holding Sonae Investimentos entra em bolsa com uma capitalização bolsista de €2,5 milhões e, em 1987, são efetuadas 7 OPV); em 1985 surge a Sonae Distribuição, com a abertura do 1º Continente em Matosinhos e, em 1989, surgem os dois primeiros centros comerciais em Portimão e Albufeira.
A última década do séc. XX assiste ao surgimento do jornal Público, das marcas de retalho especializado (Maxmat, Modalga, Worten, …) e do Colombo – o maior centro comercial da Península Ibérica, das telecomunicações coma Optimus.
O início do séc. XXI assiste à grande vontade de crescimento do grupo: OPA sobre a PT e PT Multimedia. É em 2007 que Belmiro de Azevedo passa a chairmain e o filho Paulo assume a presidência executiva. Os negócios estão em pleno crescimento e surge o novo cartão Universo, o Dr. Well’s, uma parceria com os CTT para o comércio eletrónico e, em 2019, surge um novo processo de sucessão na liderança do grupo: o Paulo Azevedo assume somente o cargo de chairmain do grupo e da holding familiar, sendo eleita CEO a sua irmã Cláudia Azevedo, que nos últimos anos tinha vindo a dedicar-se mais à área dos novos negócios.
Sedeada na Maia, em 2018, a Sonae alcançou um volume de negócios próximo dos €6 mil milhões e empregava cerca de 53 000 pessoas.
“Parti de uma empresa que estava falida para a tornar no sucesso que foi ao longo dos anos. Fundamentalmente, sempre com o mesmo princípio: a Sonae é empreendedora, inovadora e aceita que as coisas amanhã podem ser melhores que hoje. E que as crises são mais positivas que negativas.”
(Fonte: Belmiro de Azevedo, SONAE. 50 Years ahead, 2009)
António Nogueira da CostaTemas para reflexão:
- Que empresas familiares existem na nossa área de influência?
- Qual tem sido a sua importância para a região ao longo dos tempos?
- A envolvente tem sido mais propícia a que as empresas familiares se mantenham e desenvolvam fora dos grandes centros ou, pelo contrário, que se movimentem para as proximidades do litoral e dos maiores polos estruturantes de comunicação aérea, marítima e por carris?
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.pt
pt.linkedin.com/in/antonionogueiradacosta/
http://www.facebook.com/ajncosta
@empresasfamiliaresdesucesso
Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
http://www.efconsulting.pt