“Forças Armadas competem a nível de RH com entidades de sucesso”
As Forças Armadas (FA) têm dificuldades a nível do recrutamento, afirmou o almirante António Silva Ribeiro, CEMGFA, no mais recente evento do International Club of Portugal (ICPT).
Com o tema nuclear centrado no planeamento e no papel das FA, o almirante Silva Ribeiro confirmou o objetivo de manter nas fileiras das FA entre 30 mil e 32 mil pessoas, mas o recrutamento tem vindo a decrescer e atualmente o efetivo não vai além das 26 mil pessoas, sendo que 10% do efetivo total está envolvido em missões no estrangeiro, com destaque para missões da NATO e das Nações Unidas. Aliás, afirmou, a intervenção das FAP na República Centro- Africana é das mais perigosas desde as campanhas do Ultramar.
Com o tema nuclear centrado no planeamento e no papel das FA, o almirante Silva Ribeiro confirmou o objetivo de manter nas fileiras das FA entre 30 mil e 32 mil pessoas, mas o recrutamento tem vindo a decrescer e atualmente o efetivo não vai além das 26 mil pessoas, sendo que 10% do efetivo total está envolvido em missões no estrangeiro, com destaque para missões da NATO e das Nações Unidas. Aliás, afirmou, a intervenção das FAP na República Centro- Africana é das mais perigosas desde as campanhas do Ultramar.
Relativamente aos novos quadros das FA, o CEMGFA disse no ICPT que a instituição militar “tem dificuldade a nível de atratividade ao competir por recursos humanos”, e adiantou que as “FA não são um repositório dos excluídos das entidades de sucesso”. Sinalizou que o Governo tem refletido sobre o tema e, inclusive, estendeu a contratação para os 16 anos.
Com os recursos humanos existentes, as FAP estão em quase três dezenas de missões no exterior, com seis navios, 66 viaturas, 10 aviões e 2349 militares. As regiões de intervenção vão desde a Lituânia e Báltico ao Kosovo, Índico, Somália, Mediterrânio, Mali, Colômbia, Atlântico, Golfo da Guiné, Jordânia e S.Tomé e Príncipe. A juntar a este trabalho, Portugal é ainda responsável pela cartografia dos países de expressão portuguesa, pois são países que continuam sem este tipo de serviços.
NATO é pilar de defesa
O almirante Silva Ribeiro reforçou o papel da NATO como “pilar da defesa” europeia. Disse: “A paz de que gozamos foi-nos oferecida pela NATO, o progresso e o bem-estar (que temos) devemo-lo à NATO e é inquestionável o sistema de segurança”. Sublinhou o esforço de Portugal na defesa com o compromisso e a “atitude determinante” do Governo em aumentar até 2024 o peso da despesa na defesa para 1,7% a 1,9% do PIB.
O CEMGFA “não encontra preocupação” perante afirmações de Trump quanto à defesa europeia e realça que todos os países estão empenhados na aliança e regista o objetivo de entrada de novos membros, como seja a Ucrânia e a Geórgia. Sobre o Reino Unido e o “Brexit” o militar sente que o tema é “preocupante”, mas diz estar convencido de que, “no quadro das grandes questões da UE, o Reino Unido vai manter-se unido com a NATO, que é o cimento que nos agrega a todos”.
Perante a questão do recrudescimento da atividade militar russa e a segurança para a Europa, o almirante Silva Ribeiro disse, ao terminar a palestra no ICPT, que existe a preocupação perante armas “diferenciadoras” que a Rússia tem e a NATO não tem, caso de mísseis que atingem quatro vezes a velocidade do som. Por outro lado, confirma que as forças ocidentais terão de “estar atentas” à China e explica que enquanto a Rússia “é uma potência decrescente na economia, a China é uma potência que se aproxima da economia dos EUA, assim como da tecnologia”. Reforçou a ideia de que a China “é uma potência cuja projeção é feita à escala global”.
Sobre o tema da cooperação estrutural permanente, disse que Portugal está a acompanhar, para concluir que “a perceção e o pensamento das FA (vai no sentido de que) não se espera que este tipo de cooperação nos leve a especializações por país”. E adianta que Portugal “não se pode especializar porque tem interesses diversificados para acorrer a necessidades do interesse nacional”.
Com os recursos humanos existentes, as FAP estão em quase três dezenas de missões no exterior, com seis navios, 66 viaturas, 10 aviões e 2349 militares. As regiões de intervenção vão desde a Lituânia e Báltico ao Kosovo, Índico, Somália, Mediterrânio, Mali, Colômbia, Atlântico, Golfo da Guiné, Jordânia e S.Tomé e Príncipe. A juntar a este trabalho, Portugal é ainda responsável pela cartografia dos países de expressão portuguesa, pois são países que continuam sem este tipo de serviços.
NATO é pilar de defesa
O almirante Silva Ribeiro reforçou o papel da NATO como “pilar da defesa” europeia. Disse: “A paz de que gozamos foi-nos oferecida pela NATO, o progresso e o bem-estar (que temos) devemo-lo à NATO e é inquestionável o sistema de segurança”. Sublinhou o esforço de Portugal na defesa com o compromisso e a “atitude determinante” do Governo em aumentar até 2024 o peso da despesa na defesa para 1,7% a 1,9% do PIB.
O CEMGFA “não encontra preocupação” perante afirmações de Trump quanto à defesa europeia e realça que todos os países estão empenhados na aliança e regista o objetivo de entrada de novos membros, como seja a Ucrânia e a Geórgia. Sobre o Reino Unido e o “Brexit” o militar sente que o tema é “preocupante”, mas diz estar convencido de que, “no quadro das grandes questões da UE, o Reino Unido vai manter-se unido com a NATO, que é o cimento que nos agrega a todos”.
Perante a questão do recrudescimento da atividade militar russa e a segurança para a Europa, o almirante Silva Ribeiro disse, ao terminar a palestra no ICPT, que existe a preocupação perante armas “diferenciadoras” que a Rússia tem e a NATO não tem, caso de mísseis que atingem quatro vezes a velocidade do som. Por outro lado, confirma que as forças ocidentais terão de “estar atentas” à China e explica que enquanto a Rússia “é uma potência decrescente na economia, a China é uma potência que se aproxima da economia dos EUA, assim como da tecnologia”. Reforçou a ideia de que a China “é uma potência cuja projeção é feita à escala global”.
Sobre o tema da cooperação estrutural permanente, disse que Portugal está a acompanhar, para concluir que “a perceção e o pensamento das FA (vai no sentido de que) não se espera que este tipo de cooperação nos leve a especializações por país”. E adianta que Portugal “não se pode especializar porque tem interesses diversificados para acorrer a necessidades do interesse nacional”.