A mentalidade do cliente como catalisador disruptivo do mercado
O cliente é a razão principal de ser e sem o qual não é possível, num mercado de livre concorrência, uma empresa sobreviver.
As empresas familiares, muito reconhecidas e acarinhadas por todos, sabem que não são uma exceção a este sofisma, pelo que possuem um foco especial nos seus clientes.
As empresas familiares, muito reconhecidas e acarinhadas por todos, sabem que não são uma exceção a este sofisma, pelo que possuem um foco especial nos seus clientes.
O estudo “Empresas familiares da próxima geração: liderando um negócio familiar num ambiente disruptivo”, da Deloitte, referiu a capacidade de interpretar e satisfazer o cliente como o segundo catalisador mais relevante para o desenvolvimento do mercado.
Na década de 60, João Alves saía de Torres Vedras, onde vivia com os pais e tinham uma mercearia, para, em companhia do pai, vender bacalhau porta a porta em Lisboa.
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.pt
pt.linkedin.com/in/antonionogueiradacosta/
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Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
Porto http://www.efconsulting.pt
Nesta matéria, de interpretação das necessidades e satisfação dos clientes, as empresas podem apresentar três diferentes tipos de posicionamentos:
- Líder: interpreta e trabalha a inovação, de incremental a disruptiva, no sentido de ser a primeira entidade a marcar as tendências e a definir o rumo do setor;
- Seguidor: identifica as principais tendências, apresentadas pelos concorrentes, que estão a ser adotadas pelos clientes e tenta adaptá-las e integrá-las na sua oferta;
- Sedentário: assume que nada mudará no seu fiel cliente e que o seu produto deve manter-se imutável.
As duas primeiras abordagens convergem no reconhecimento de que o mercado e o cliente estão em constante evolução, divergindo somente na forma de o interpretar: a líder investe muito na inovação e pioneirismo, a seguidora chega um pouco depois, tentando agarrar somente os produtos que parecem estar a ser aceites pelos clientes (evitando assim as perdas naturais de insucessos). A última contenta-se em assegurar os nichos que depois restam ou em agoniar até ao desaparecer.
Seja qual for o posicionamento adotado, que o mesmo seja consciente e os seus impactos do conhecimento da empresa e da família empresária.
Na década de 60, João Alves saía de Torres Vedras, onde vivia com os pais e tinham uma mercearia, para, em companhia do pai, vender bacalhau porta a porta em Lisboa.
O negócio do bacalhau levou-o a, em 1985, criar a RIBERALVES (a partir dos nomes dos filhos Ricardo e Bernardo e do seu apelido e família). Começou com um “cash & carry” direcionado para o setor alimentar, onde o bacalhau assumia uma preponderância tal que implicava mesmo o aluguer de secas de bacalhau.
Na última década do séc. XX, depois da venda do “cash & carry”, João Alves decide dedicar-se exclusivamente na indústria e transformação de bacalhau, construindo a unidade industrial do Carvalhal, em Torres Vedras, onde ainda hoje a empresa está sediada e se coordena toda a atividade.
A compreensão das necessidades dos consumidores e suas potenciais limitações ao consumo do bacalhau levou a empresa a dedicar-se ao Bacalhau Demolhado Ultracongelado – Pronto a Cozinhar. O carácter prático deste tipo de produto, que não implica os constrangimentos da demolha e congelação caseira, rapidamente se começa a impor como preferência junto de consumidores e famílias mais jovens, bem como da restauração e mercados internacionais.
Ao identificar dois grandes tipos de categorias de clientes para o bacalhau demolhado e derivados ultracongelados, a empresa lança produtos ajustados às suas distintas caraterísticas:
- Consumo no lar: bacalhau em postas ou desfiado, pastéis ou caldeirada de bacalhau, …
- Área profissional: bacalhau em lombos ou postas de vários tamanhos e pesos associáveis a receitas ou doses adequadas à restauração, caras em postas individuais ou embalagens de diversos pesos e quantidades, etc..
Com o incremento do consumo e para incentivar a descoberta das mais de mil formas de se comer o bacalhau, a empresa passa a disponibilizar no seu site dezenas de receitas para confecionar o típico bacalhau português.
Temas para Reflexão:
Temas para Reflexão:
- O que desejam os consumidores?
- Conseguimos adequar ou criar novos produtos ajustados às suas necessidades?
- O que podemos fazer para nos diferenciar e captar e reter clientes?
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