Competências de um líder: humildade
A humildade está associada à virtude humana de se conhecer as próprias debilidades e limitações, a que pessoalmente acrescento também os principais pontos fortes, e a uma postura e atuação de acordo com essa consciência.
Nos líderes de empresas familiares, a expressividade desta caraterística manifesta-se por múltiplas vias, das quais se pode destacar:
Temas para reflexão:
António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.pt
pt.linkedin.com/in/antonionogueiradacosta/
http://www.facebook.com/ajncosta
Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
Santiago – Porto www.efconsulting.pt
- A simplicidade – comportamento natural e independente de potenciais distâncias suportadas no conhecimento, funções desempenhadas, relação hierárquica ou até mesmo em ostentação física (viaturas, roupas, etc.);
- A cordialidade – estabelecimento de uma relação aberta suportada na franqueza e independentemente da delicadeza mais ou menos favorável da causa do relacionamento (seja ele para felicitar ou promover um colaborador ou para manifestar o desagrado ou mesmo despedir);
- O respeito – consideração pelas outras pessoas, não esquecendo que, enquanto seres humanos e independentemente da sua situação, merecem um mínimo de deferência (saúdam-se pessoas e não cargos exercidos, podendo obviamente assumir formas distintas de tratamento);
- A honestidade – assumir de forma correta (que não é o mesmo que ingénua) comportamentos adequados e expectáveis para as situações em apreço, sejam elas de relacionamento de índole humana ou entre entidades representadas (a “inverdade” é quase sempre detetada e fonte de conflito);
- A modéstia – atitude de certo recato e evitando sobressair de forma exacerbada e que se assume como uma das caraterísticas de muitos empresários e suas famílias.
A Delta Cafés tem as suas origens em 1961, pelas mãos de Rui Nabeiro e três colaboradores, na vila de Campo Maior. Nos dias de hoje é considerada uma marca de sucesso, suportada na inovação e com extensão dos negócios a outros produtos e a outras áreas geográficas. No ano da revolução de abril eram menos de 80 trabalhadores e em 2014 mais de 2.500, tendo gerado vendas superiores 20 mil toneladas de café. O comendador começou a trabalhar há 71 anos, então com 13 anos, numa fábrica de torrefação pertencente à família, iniciando uma vida duríssima, ao lado dos outros trabalhadores, associada a um trabalho que por vezes assumia caraterísticas de autêntica escravidão. Na descrição da sua missão a empresa considera possuir “um modelo de negócio responsável … assente em valores sólidos e princípios humanos que se refletiram na criação de uma Marca de Rosto Humano, baseada na autenticidade das nossas relações com todas as partes interessadas.” Um dos valores expressamente assumidos é o da humildade, “associado à forma de estar e que se reflete na informalidade do ambiente de trabalho e do relacionamento entre os colaboradores no dia-a-dia”. Numa entrevista ao DN, em 2014, Rui Nabeiro salientava “Eu sei que nasci nesta maneira de ser, de respeitar, de cuidar, de dar consideração a quem está a trabalhar connosco, de quem dá tudo para nós. Eu vi como era a vida dos meus avós, que viviam no meu quarto e do meu irmão. Eram pobrezinhos, pobrezinhos. E por saber de onde venho também sei quem sou e quem quero ser. Quando a pessoa semeia, colhe. E eu tenho colhido, na ligação com o meu pessoal.” |
Temas para reflexão:
- O meu conceito de humildade reflete-se nas práticas da empresa?
- As minhas atuações são naturais ou trabalhadas para obter determinados resultados?
- Como podemos incentivar os nossos empregados a terem o mesmo tipo de comportamentos?
António Nogueira da Costa
Especialista em Empresas Familiares
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