Decisão de emprego de familiares
A empresa familiar típica é caraterizada por conjugar a propriedade e a liderança na posse de uma família, sendo esta trilogia originadora de uma estrutura com a resistência de um diamante.
Neste contexto é muito natural que os pais anseiem ver os filhos a interessarem-se pelo negócio: quer aparecendo na empresa para executar pequenas tarefas aos fins de semana ou nas férias, quer pela integração no quadro de pessoal quando desejarem entrar no mercado laboral. Esta extensão de emprego é por vezes assegurada também aos genros ou noras.
Neste contexto é muito natural que os pais anseiem ver os filhos a interessarem-se pelo negócio: quer aparecendo na empresa para executar pequenas tarefas aos fins de semana ou nas férias, quer pela integração no quadro de pessoal quando desejarem entrar no mercado laboral. Esta extensão de emprego é por vezes assegurada também aos genros ou noras.
Do ponto de vista familiar esta “garantia” dá uma rede segurança aos familiares inexistente noutro tipo de sociedades.
Analisando-se este tipo de comportamento na perspetiva da empresa, podemos detetar algumas situações que podem ser penalizadoras para todos:
Contratar pessoas sem a empresa necessitar: desperdício de recursos e potencial fonte de mal estar e conflitos na sociedade;
Selecionar pessoas com perfil menos ajustado às reais necessidades: problemas de integração e passagem de mensagem interna de que a competência pode não ser um dos fatores a ter em atenção para se trabalhar nesta companhia;
Problemas de decisão: aquando da existência de mais candidatos do que capacidade de absorção da empresa.
Como as decisões associadas a pessoas da família são muito sensíveis, é imprescindível definir e dar a conhecer a todos a política que a empresa segue na contratação de familiares.
Especialista em Empresas Familiares
antonio.costa@efconsulting.es
pt.linkedin.com/in/antonionogueiradacosta/
http://www.facebook.com/ajncosta
Especialistas na consultoria a Empresas Familiares
e elaboração de Protocolos Familiares
Santiago – Porto www.efconsulting.pt
Analisando-se este tipo de comportamento na perspetiva da empresa, podemos detetar algumas situações que podem ser penalizadoras para todos:
Contratar pessoas sem a empresa necessitar: desperdício de recursos e potencial fonte de mal estar e conflitos na sociedade;
Selecionar pessoas com perfil menos ajustado às reais necessidades: problemas de integração e passagem de mensagem interna de que a competência pode não ser um dos fatores a ter em atenção para se trabalhar nesta companhia;
Problemas de decisão: aquando da existência de mais candidatos do que capacidade de absorção da empresa.
Como as decisões associadas a pessoas da família são muito sensíveis, é imprescindível definir e dar a conhecer a todos a política que a empresa segue na contratação de familiares.
Em 1918 nasce a Ach Brito pelas mãos de Affonso e Aquilles. Em 1925 compram a massa falida da Claus & Schweder, fundada por dois irmãos alemães em 1887. Foram décadas a liderarem o mercado dos sabonetes e perfumes, a partir do Porto. Na década de 80 o descendente Delfim assume a condução do negócio, aquando da morte de seu irmão, que deixou dois filhos menores. Em 1994, com a morte do avô e com a decisão do tio de alienar a sua posição, Aquiles, então com 22 anos e a meio da licenciatura de marketing, convence a irmã Sónia e assumem a propriedade e a condução da empresa. Sem qualquer experiência profissional, somente “uma decisão emocional e nada racional” parece justificar o enorme desafio que decidiram enfrentar: uma empresa quase centenária, com mais de 100 funcionários (algumas famílias completas) e com dificuldades em competir num mercado dominado pela grande distribuição com produtos de baixo preço. Inicia-se um novo ciclo que passou pela reestruturação da produção, recursos humanos e reposicionamento que faz da Ach. Brito atual uma marca reconhecida e apetecível, quer em Portugal quer no estrangeiro. Aquiles (Filipe) possui dois filhos, que também carregam o peso do nome - Aquiles Afonso e Aquiles Gustavo -, considera que se no futuro eles desejarem, e a empresa estiver disponível, seria ótimo que lá trabalhassem; caso contrário, o fundamental é que tenham orgulho da sua e da história dos seus antepassados. |
Temas para reflexão:
• Devemos preparar e influenciar os nossos filhos a integrarem a empresa no futuro?
• O que fazer para que os nossos descendentes optem pela melhor saída profissional?
• Estamos preparados para decidir a contratação de um só familiar em detrimento de outro?
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